Min Green é uma garota das artes, apaixonada pelos
clássicos do cinema. Sabe cada cena e diálogos de cor. Seus amigos Al e Laurie
compartilham da sua grande paixão.
Narrado em forma de desabafo o livro é uma carta
para o seu ex-namorado Ed Slaterton, o popular cocapitão do time de basquete,
nela Min conta os pormenores do romance para explicar porque tudo acabou.
“Você sabe que eu quero ser diretora, mas você nunca
viu de verdade os filmes da minha cabeça e por isso, Ed, que a gente acabou”.
Juntamente com a carta Min quer entregar ao ex-namorado
uma caixa com todas as lembranças do romance. A primeira delas são duas
tampinhas de cerveja das garrafas Ed e Min que foram bebidas no dia em que se
conheceram. Há também ingressos para o filme “Greta em fuga”, durante o qual
eles se beijaram pela primeira vez.
“Ficamos quietos até acabar, no escuro, só de mãos
dadas até o fim e aquele beijo, aquele grande beijo, e aí estamos piscando os
olhos no saguão e eu perguntei o que você tinha achado”.
Ainda existem várias outras recordações, desde um
bilhete escrito por Ed até mesmo um casaco velho, comprado em um brechó. Cada
um destes objetos conta uma parte do romance as incompatibilidades dos mundos
muito diferentes em que vivem.
“- Isso que eu quis dizer- você disse- Você é
inteligente, você diz coisas inteligentes.
-Você não gosta do jeito que eu falo?
-É que nunca ouvi antes – você disse – É tipo
provar... tipo, por exemplo, uma comida apimentada uma coisa assim. Tipo, vamos
provar a comida do Sei-lá-aonde-lândia”.
Apesar de todos os conflitos existem situações muito
engraçadas, como roubar açúcar para preparar docinhos com a intenção comemorar
o aniversário da Lotie Carson, estrela de Greta em Fuga. Min acredita que uma
velhinha que viu no cinema possa ser Lotie, Ed embarca nas ideias dela, juntos
eles começam a preparar a grande festa.
“- Para!
-Eu te amo.
Me vi no espelho amarelado.
-Também te amo.”
O livro aborda questões importantes como a
virgindade, incertezas, traição é sobre a juventude as ilusões, o primeiro
amor. Uma garota das artes de coração
aberto irremediavelmente apaixonada, enganada por doces palavras de amor que
tem o seu coração dilacerado da pior forma possível.
“E a verdade é que eu não sou, Ed, é isso que eu
queria dizer. Eu não sou diferente. Eu não sou das artes como diz todo mundo que não me conhece , eu
não pinto, eu não desenho, eu não toco nada, eu não canto. Eu não atuo, eu
queria dizer tudo isso, eu não escrevo poemas. Não sei dançar exceto quando
fico tontinha nas festas. Eu não sou atlética, eu não sou gótica nem animadora
de torcida (...) Eu não sou nada”.
Oi, Ana!
ResponderExcluirNossa, fiquei bem curiosa para ler o livro. Imaginando o que cada objeto representa, que história têm para contar. Já o conhecia, mas ele nunca tinha me chamado atenção! Gostei da resenha!
Beijos e boa semana!
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