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Resenha- Por isso a gente acabou- Daniel Handler


Min Green é uma garota das artes, apaixonada pelos clássicos do cinema. Sabe cada cena e diálogos de cor. Seus amigos Al e Laurie compartilham da sua grande paixão.
Narrado em forma de desabafo o livro é uma carta para o seu ex-namorado Ed Slaterton, o popular cocapitão do time de basquete, nela Min conta os pormenores do romance para explicar porque tudo acabou.

“Você sabe que eu quero ser diretora, mas você nunca viu de verdade os filmes da minha cabeça e por isso, Ed, que a gente acabou”.

Juntamente com a carta Min quer entregar ao ex-namorado uma caixa com todas as lembranças do romance. A primeira delas são duas tampinhas de cerveja das garrafas Ed e Min que foram bebidas no dia em que se conheceram. Há também ingressos para o filme “Greta em fuga”, durante o qual eles se beijaram pela primeira vez.

“Ficamos quietos até acabar, no escuro, só de mãos dadas até o fim e aquele beijo, aquele grande beijo, e aí estamos piscando os olhos no saguão e eu perguntei o que você tinha achado”.

Ainda existem várias outras recordações, desde um bilhete escrito por Ed até mesmo um casaco velho, comprado em um brechó. Cada um destes objetos conta uma parte do romance as incompatibilidades dos mundos muito diferentes em que vivem.

“- Isso que eu quis dizer- você disse- Você é inteligente, você diz coisas inteligentes.
-Você não gosta do jeito que eu falo?
-É que nunca ouvi antes – você disse – É tipo provar... tipo, por exemplo, uma comida apimentada uma coisa assim. Tipo, vamos provar a comida do Sei-lá-aonde-lândia”.

Apesar de todos os conflitos existem situações muito engraçadas, como roubar açúcar para preparar docinhos com a intenção comemorar o aniversário da Lotie Carson, estrela de Greta em Fuga. Min acredita que uma velhinha que viu no cinema possa ser Lotie, Ed embarca nas ideias dela, juntos eles começam a preparar a grande festa.

“- Para!
-Eu te amo.
Me vi no espelho amarelado.
-Também te amo.”

O livro aborda questões importantes como a virgindade, incertezas, traição é sobre a juventude as ilusões, o primeiro amor.  Uma garota das artes de coração aberto irremediavelmente apaixonada, enganada por doces palavras de amor que tem o seu coração dilacerado da pior forma possível.

“E a verdade é que eu não sou, Ed, é isso que eu queria dizer. Eu não sou diferente. Eu não sou das artes  como diz todo mundo que não me conhece , eu não pinto, eu não desenho, eu não toco nada, eu não canto. Eu não atuo, eu queria dizer tudo isso, eu não escrevo poemas. Não sei dançar exceto quando fico tontinha nas festas. Eu não sou atlética, eu não sou gótica nem animadora de torcida (...) Eu não sou nada”.

1 comentários:

  1. Oi, Ana!
    Nossa, fiquei bem curiosa para ler o livro. Imaginando o que cada objeto representa, que história têm para contar. Já o conhecia, mas ele nunca tinha me chamado atenção! Gostei da resenha!

    Beijos e boa semana!
    http://sonhos-em-paginas.blogspot.com.br/

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